sábado, junho 12, 2010

Promete que não me prometes

Nós prometemos.
Prometemos que vamos a sítios que não vamos, dizemos coisas que não vamos cumprir.Não mentimos facilmente, nem prometemos em vão.
Mesmo que as promessas não cumpridas, saibam a descontrolo e a mentira.
"Vou amar-te para sempre"
"Nunca mais te vou deixar"
"Vamos ter uma casa com jardim e os filhos que quiseres"
"Vou fazer de ti o homem/mulher mais feliz do mundo"
"Nunca te vou magoar"
O nunca toma um sentido que nunca teve, grande e decisivo.
Prometemos porque as promessas fazem sentido no momento, fazem sentido porque temos a coragem de lhes prometer, e porque é isso que desejávamos aconteça o que acontecer, nem que seja para confortar alguém.E prometemos sem nós sentirmos necessáriamente obrigados a cumprir.
Eu já prometi, e não cumpri.
Já ouvi promessas que não foram cumpridas, mesmo que tenham aquele nome vulgar "juras de amor".
Depois cobramos as promessas depois do tempo, quando já não podemos cobrar, quando já nem conseguimos provar.
Só por isso,
I promise not to promise